Solidão
solitária, Isolamento moral, interiorização: a solidão do espírito e da
alma.
Um inexplicável sentimento que faz me sentir desprevenida de
qualquer emoção ou reação.
Vez enquanto construtor de uma alusão
pertinente consagrada como um monstro fabuloso, mitológico com cabeça de leão,
corpo de cabra e cauda de serpente. Uma figura fantástica com nome e sobrenome
chamada de quimeras.
Assim estou eu!
Sem a lua, sem o sol, sem o mar e sem a
terra.
Dona de nada, mas consciente de que tudo
existe, mas que não está em meu alcance, fugindo do controle da vida.
E a vida?
Quem será essa senhora que chega num
espaço de tempo compreendido entre o nascimento e a morte. Carregando consigo tragédias
repletas de decepções, amor e ódio.
Ódio esse que completa seu ciclo com
profunda inimizade a outrem, uma aversão instintiva e sem conexão para o
caminho do bem.
Um bem de maneira boa para se mostrar alheio
as dores do seu semelhante.
Então me mostrem a felicidade que tanto
ouvi falar, dizem que é uma senhora aventureira, mas nunca a vi praticando
esportes radicais, nem cantarolando no banheiro.
Só vejo um vazio, um amigo insistente
que me persegue, e que é perseverante.
Amigo vazio que nada fala nada ouve, e
nada faz; que me faz carecer de vivacidade dentro dessa cidade imensa, mas que
se torna tão pequena que nem me faz comprimir de maneira espontânea, mas forçadamente.
O que dizer quando não se tem nada mais
a falar, nenhum segredo guardado no peito para expressar, tampouco para sentir.
Uma alma sem ocupantes desabitada pelo
desprezo da vida.
Abandonada e sem vida.
Amigo vazio, sem substantivos, sem ação,
sem nome particular, sem nada!
Sem ideias e sem fantasiar o imaginário
que supera o real da vida.
Resumo de tudo isso é a falta de ideia
que perdeu a memória diante dos tropeços da vida que mesmo sem existência tem
que ser vivida.
Loba.