Felicidade tem prazo de validade.
Segundo Capítulo.
Segundo Capítulo.
ENFRENTANDO
A REALIDADE.
Aborrecida e abatida por não ter
dormido direito à noite, Vera tentou disfarçar sua dor, e foi para o trabalho
como se nada tivesse acontecido. Tentou entender sua calma, porque não reagira
naquele momento em que sofrera aquela infidelidade no amor, mas não chegou a
nenhuma conclusão.
Sueli, percebendo sua angústia,
tratou logo de ir até sua sala para saber o que havia acontecido. Vera tentou
evitar falar sobre o assunto, mas não aguentou e desabafou.
- Ela estava me traindo Sueli; disse
com os olhos rasos d’água naufragando em sua aflição, e bem no fundo do seu
âmago uma dor gritava por liberdade, querendo arrancar aquele sofrimento moral
e arrasador.
- Não fique assim minha amiga, você
sempre soube que a Luciene não prestava.
- Eu não estava querendo acreditar!
Desta vez falou chorando, inconformada por ter sido enganada da maneira mais
cruel e desumana.
- E pensar que você faz e dá de tudo
a ela.
- Eu não estou sentida pelo o que eu
dei a ela, mas sim pelo amor que eu dediquei todos esses anos, a confiança
depositada, são quase três anos de relação.
- Vera. Falou Sueli. Você há de
concordar comigo minha amiga, que a relação de vocês duas já estava desgastada
demais. Vocês só viviam brigando, se agredindo. Que amor é esse minha amiga?
Quando se há amor de verdade, não existe espaço para a discórdia!
Cabisbaixa, ela pensou por alguns
instantes, ficou distante. Pensou no que iria fazer despedi-los talvez não
fosse a melhor maneira, e acima de tudo, eles eram ótimos funcionários,
daqueles que não se encontra em qualquer esquina, e além do que, não queria
cometer uma ação injusta com a empresa por causa de motivos pessoais.
Acima de tudo, era uma profissional
e sabia separar as coisas, no entanto, gostava muito de Luciene e não conseguia
ver a desinência do seu caso, mas também não queria ficar com ela. Não sabia ao
certo se ouvia a voz da razão, ou do coração, estava muito dividida. Todavia,
alguma decisão haveria de tomar, já que estava colocando em risco o futuro da
empresa, e acima de tudo, a sua felicidade que, mesmo sem saber ao certo se
havia tido esse feliz êxito.
Naquele
dia, Luciene e nem Marcelo foram trabalhar, talvez por medo e insegurança.
Continua...
Continua...