sexta-feira, 30 de junho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

Após o jantar, elas foram dar uma volta a pé nos arredores da fazenda, estava uma noite linda, a lua convidava para sonhar. Sentaram-se no tronco de uma árvore seca, e ficaram quietas por alguns instantes, foi então que Vanessa resolveu dizer algo enquanto olhava a lua.
            - Está uma noite maravilhosa, as estrelas do céu nos dão graça dos seus brilhos, e os encantos dos sonhos.
            - Você parece que é muito romântica.
            - Eu adoro a lua! Após uma pequena pausa. A vida só tem graça quando estamos apaixonados, seja esse amor pelo céu, pelo mar, pela lua e pela terra, sem esse sentimento incomodando dentro do peito, nada somos nada seremos! É bom ouvir o silvo das serpentes entoando em nossos ouvidos para nos facilitar a distinguir a falta de afinação que tem dois corações em desencontros.
            Vera calou-se por uns instantes, pensou na magia de se ter alguém ao seu lado lhe dizendo coisas bonitas, pois, de todas as suas namoradas, nenhuma delas eram românticas, queria saber o gosto que tinha alguém lhe sussurrando em seus ouvidos, imaginou como seria se Vanessa fosse a sua namorada, talvez todas as noites, por mais sombria que fosse ela a tornaria clara e cheia de alegria, repleta de encantos, dentro do céu dos apaixonados.
            Vanessa realmente era muito romântica, talvez a última das românticas, sempre tinha uma palavra bonita para dizer a alguém, estava sempre de bem com a vida, apesar de seu temperamento explosivo quando alguém a provoca.
            - Acho que eu fui uma feiticeira em outras vidas! Disse rindo.
Mas não uma feiticeira voltada para o mal, eu sei que fui, e que não soube usar de minha magia para encantar a pessoa que eu amava. Por essa razão, tento arrancar uma confissão da lua, para saber se fez mal a alguém em tempos remotos. Quero resgatar o meu passado e ser feliz.
            - Você não é feliz? Quis saber Vera cheia de curiosidade.
            - Não propriamente! Estou em busca da minha alma gêmea! Acho até que a procuro por várias vidas.
            - Você acredita em vidas passadas?
- Acredito! Tanto que, eu tenho certeza de que estou bem próxima de encontrar-me com a minha outra metade.
            - Posso te fazer uma pergunta?
- Claro que pode!
- Aquele rapaz que estava em sua casa à primeira vez em que estive lá, é o seu namorado? Perguntou com o coração apertado, com medo da resposta.
- Não! Ele é o meu melhor amigo.
Ela sentiu um alívio dentro do peito, ficaram até altas horas da madrugada conversando, a empresária não queria mais que aquela noite acabasse, esqueceu-se até da dor que sentira quando terminara com Luciene, na verdade, ela já nem existia mais em sua mente. Quando foram dormir já estava quase amanhecendo.
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quinta-feira, 29 de junho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

Depois do almoço, Vera chamou-a para ir até seu carro, pois tinha uma coisa para dar a ela.
            Pediu que Vanessa fechasse os olhos, e retirou do porta malas, um violão embrulhado numa fita vermelha com um laço.
            - Pode abrir agora. Entregando a ela.
            - Eu não acredito, disse feliz. Um violão!
            - Eu gostaria que você cantasse só para mim.
            Ela pega o violão retira a fita, e verifica se o mesmo está afinado.
            A sede da fazenda era bem arquitetada, tinha piscina, churrasqueira, bar, e um enorme salão com mesa de bilhar, sofá, e televisão, várias mesas e cadeiras para quando houvesse churrasco, as pessoas pudessem se acomodar melhor.
            Elas sentaram-se no bar que ficava sob um quiosk, e um pouco sem jeito, Vanessa começou a arranhar as cordas do violão.
            - Acho que eu não vou conseguir!
            - Por favor, cante, eu quero ouvi-la.
            - Está bem. Que tipo de música você gosta de ouvir?
            - Sendo romântica, qualquer uma.
            Vanessa começa a tocar e solta a voz, Vera arrepia-se toda, e até se emociona ao vê-la cantando a música que por coincidência, era a sua preferida.
            Apesar de não entender nada em inglês, ela adorava cantar esse estilo de músicas, dominava um pouco o espanhol, pois adorava esse idioma, onde incluía algumas canções desse gênero.
            Quando escureceu, entraram na casa e foram tomar banho, enquanto Georgina, a empregada preparava o jantar.
            Em seu quarto, enquanto se arrumava Vera não conseguia parar de pensar em Vanessa, estava certa de que estava apaixonada por ela, mas não queria saber de se envolver novamente, tinha medo de sofrer outra vez.

Na hora do jantar, elas ficaram em silêncio, Vanessa que sempre procurou preencher as ausências das palavras, estava sem ação, não sabia o que dizer. Sentia o coração diferente, estava ansiosa, suas mãos suavam frio. Vera por sua vez, também sentia a mesma coisa, sentiu vontade de dizer a ela o que estava se passando dentro do seu coração, mas não teve coragem, achava que poderia ser interpretada mal, então sufocou esse sentimento, já que havia prometido para si mesma que não iria mais querer ninguém em sua vida.
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quarta-feira, 28 de junho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

UM FINAL DE SEMANA SERTANEJO.



            Quando amanheceu o dia, Vera já estava de pé, Vanessa que dormia no quarto de hóspedes, se levantou logo em seguida. Ainda meio sonolenta, apareceu bocejando.
            - Bom dia! Cumprimenta a anfitriã com um sorriso no rosto.
            - Bom dia dona Vera.
            - Vamos combinar uma coisa, a partir de hoje você está proibida de me chamar de “dona”, chame-me apenas de Vera, combinado?
            - Combinado!... Vera!
            - Isso! Assim está melhor. Agora vamos tomar café que está esfriando.
            Vera apresenta Vanessa aos caseiros da fazenda, e recomenda que eles a tratem muito bem, depois pede para o feitor selar dois cavalos para elas cavalgarem.
            Durante o percurso, Vanessa se encanta com a beleza da fazenda, elas vão até o lago e fica admirando a beleza das águas da cachoeira caírem nas pedras, sentadas embaixo da sombra de uma árvore.
            A fazenda parecia um paraíso, o rio com águas cristalinas não conseguia esconder os cardumes dos peixes que lá haviam.
            - Esse lugar é mágico! Falou Vanessa que quis saber. Você gosta de pescar?
            - Gosto, e você?
            - Adoro! Podemos vir pescar mais tarde?
            - Quando você quiser!
            Estavam tão atraídas pela natureza que nem prestaram atenção nas horas, só se deram conta que já era tarde, quando a barriga reclamava de fome.

            - Vamos voltar para a sede da fazenda, depois do almoço podemos vir pescar se você preferir. 
            E assim elas voltam.
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terça-feira, 27 de junho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

Os dias foram passando, e Vera sempre arrumava um pretexto para ir até a sala de Sueli, pois estava completamente apaixonada por Vanessa, porém, não sabia ainda desse sentimento que crescia a cada minuto que estava ao seu lado se transformando em amor.
            Vanessa era dócil, atenciosa com todos e passava todas as tardes prestando contas a ela que fazia questão desse relatório somente para tê-la ao seu lado e que também estava sentindo atração por Vera, mas, conseguiu esconder esse sentimento, mantendo-se firme. Às vezes achava que a empresária a olhava com desejo, mas imaginava que era coisa da sua cabeça, Vera também tinha a mesma sensação, mas, fugia sempre em que percebia que ia fracassar e cometer outra loucura.
            Quando chegou o final de semana, antes de ir embora, Vera chegou a Vanessa para saber se ela iria passar o final de semana em sua fazenda, e quão foi a sua surpresa, a moça aceitou o convite.
            Combinaram então de ir naquela noite, quando passaria em sua casa para apanhá-la, e assim, foi embora radiante, transbordando-se de felicidade.
Vanessa chegou em casa e arrumou suas coisas em uma mochila, preparou a janta, depois foi tomar banho, e logo mais Vera chega para apanhá-la, mas é surpreendida com o convite para jantar.
            - Eu ia levá-la a um restaurante! Falou a empresária.
            - A minha comida é melhor do que à de um restaurante. Afirmou segura de seus dotes culinários.
            O jantar era simples, mas muito gostoso, tinha feijão, arroz, batatas fritas, bife e salada.
            - Hum, delicioso! Além de artista você cozinha muito bem.
            - Obrigada! É apenas uma comida normal.
            Após o jantar, Vanessa vai lavar as louças, Vera se oferece para ajudá-la. Fica um pouco atrapalhada na cozinha, mas consegue dar conta do recado. Depois, elas seguem viajem rumo à fazenda, aonde chegam de madrugada.

 Continua...
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segunda-feira, 26 de junho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

Foi o final de semana mais longo da vida de Vera, nunca imaginou que um dia iria querer que o sábado e domingo terminasse tão depressa para voltar à fábrica, sentia-se só, sem ninguém para conversar, nem mesmo a beleza de sua fazenda conseguiu arrancar de dentro dela o espírito da paz.
            Na segunda-feira, chegou bem cedo na empresa, assim que começou o expediente foi logo conversar com Sueli.
            - Bom dia, falou entusiasmada.
            - Bom dia, respondeu Vanessa que estava sozinha na sala.
            - Onde está a Sueli?
            - Ela ainda não chegou!
            - E você, como passou o final de semana?
            - Estou um pouco cansada, mas, passei bem, graças a Deus. E a senhora, como foi na fazenda?
- Péssimo, não tinha com quem conversar.
            - É realmente é ruim não ter alguém ao nosso lado para conversar, trocar idéias.
            - Você gosta de fazendas?  Andar a cavalo?
            - Gosto muito, quando eu era mais jovem, eu cavalgava na fazenda dos meus primos.
            - Você se acha velha?
            - Não muito, mas também não sou tão jovem assim.
            - Gostaria de ir qualquer dia cavalgar comigo?
            - Se eu for convidada, eu aceito com o maior prazer.
            - Então está convidada, podemos ir neste final de semana.
            - Me desculpe, mas eu tenho shows nos finais de semana, mas eu vou dar um jeito.
            - Então eu vou ficar esperando.
            Vera volta para os seus afazeres, logo Sueli chega para justificar o atraso.
            - Eu a convidei para ir passar um final de semana comigo.
            - Ah, não Vera, não me diga que você vai voltar outra vez com a Luciene?
            - Eu estou falando da Vanessa! Acorda.
            Sueli senta-se boquiaberta.
            - Não me diga que você está apaixonada por essa menina?
            - Claro que não! Que bobagem, só porque eu fiz um convite a ela quer dizer que eu estou apaixonada.
            - Para cima de mim Vera, você não me engana, eu a conheço muito bem. Olha só para você, está apaixonada sim, e não quer admitir.
            - Eu já disse que não quero ninguém mais na minha vida. Será que eu não posso ter uma amiga que não seja minha namorada?

            - Está bem, não está mais aqui quem falou. Agora eu preciso ir trabalhar, até mais. 
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sexta-feira, 23 de junho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

SURGINDO UM NOVO SENTIMENTO.


            A semana seguiu normalmente, Vanessa aprendeu todo o serviço que lhe fora ensinado, Vera estava satisfeita com o seu desempenho.          
            Na sexta-feira, quase no final do expediente, a empresária vai até a sala de Sueli que a convida para sair naquela noite, Vanessa que estava no computador trabalhando, escuta calada a conversa das duas.
            - Acho que não vou sair hoje Sueli, estou muito cansada.
            - Para com isso Vera, você precisa sair um pouco para se distrair, vai ficar mofando dentro de casa?
            - Acho que vou para a fazenda descansar um pouco, respirar um ar puro, cavalgar. Bem que você podia ir comigo Sueli.
            - Sinto decepcioná-la amiga, mas hoje e amanhã eu quero dançar muito, me divertir, arrumar um homem bem gostoso para me fazer feliz. Quero soltar a “franga”!
            - Que bom, espero que você se divirta muito!
            - Eu vou cair na gandaia, depois, quem sabe esticar para um motel. Ai, diz suspirando com malícia. Eu quero que me chamem de lagartixa e me atirem na parede, me coloquem na gaveta e me desarruma toda!

            Sueli gostava de variar os homens que saíam com ela, era do tipo masoquista, adorava ser maltratada antes de fazer amor, sentia o fogo de a paixão arder em sua pele todas as vezes que transava com alguém violento. Às vezes chegava a se ferir para sentir dor enquanto trabalhava, e dizia sempre que a dor enobrecia o espírito e a alma.
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quinta-feira, 22 de junho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

Quase no final do expediente, Vera vai até a sala de Sueli conversar com Vanessa.
            - Com licença. Pede a empresária antes de entrar. Porque você não quis cantar?
            - Porque a música para mim é como a poesia, você precisa senti-la envolvendo o seu corpo e roubando a sua alma. É como fazer amor, você tem que relaxar para gozar! Entende?
            - Acho que entendo. Eu soube que você tem uma banda, é verdade?
            - É verdade! Mas nós só cantamos na noite.
            - Pelo o que eu vejo você tem muitas outras qualidades.
            - Não é bem assim. Respondeu envergonhada.
            - Qualquer dia eu gostaria de vê-la cantar.
            - Pode deixar, não faltará oportunidade.
            - Então ta, a gente conversa outra hora, agora eu preciso ir embora.

            Vera volta para sua sala, arruma suas coisas para ir embora, enquanto se prepara, não consegue parar de pensar naquela garota que a estava envolvendo a cada minuto em que estava ao seu lado, e mesmo sendo seu primeiro dia ela tinha a sensação de que já a conhecia por muitos anos.
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quarta-feira, 21 de junho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

Sueli apresentou Vanessa ao pessoal do seu departamento, que ficava ao lado de sua sala, pediu a eles que dessem a ela todo o apoio que precisasse, não foi muito difícil, já que ela era conhecida ali na empresa, principalmente depois da briga com Roberto.
            Vicente era o programador mais novo da empresa, tinha dezoito anos de idade, 1,65 m de altura, olhos e cabelos castanhos claros, ele ficou encarregado de ensinar o serviço a ela, que não teve muita dificuldade em aprender.
            Na hora do almoço, quando já estava saindo para almoçar no refeitório, o rapaz pediu para acompanhá-la, ela aceitou numa boa.
            No refeitório, Roberto ao vê-la, assustou-se, mas fingiu não se incomodar com sua presença. Vanessa e Vicente sentam-se junto com Juliana, Dado e Cláudia.
            - Eu soube que vocês são cantoras, é verdade? Quis saber o rapaz.
            - Bem, nós cantamos em uma banda, não sei se podemos nos considerar cantoras.
            - Eu sempre a vi aqui no refeitório, eu achava que vocês eram orgulhosas, por essa razão, eu nunca me aproximei.
            As duas sorriem do rapaz.
Vera e Sueli entram no refeitório para almoçar também, foram poucas às vezes em que a empresária entrou naquele local, tanto que, os funcionários fizeram silêncio, já que estavam surpresos ao vê-las ali.
            - Estranho, elas nunca almoçam aqui. Falou Vicente. Vai chover a semana inteira!
            - Atenção pessoal, levantou Dado e pediu para que todos fizessem silêncio pois queria falar alguma coisa. Hoje é um dia muito especial, a nossa querida amiga e companheira de trabalho está novamente entre nós, seja bem-vinda amiga.
            Todos batem palmas para Vanessa que se esconde atrás de Vicente com vergonha. Roberto sai do refeitório indignado, Vera e Sueli ficam observando de longe a felicidade daquelas pessoas que a abraçam cumprimentando-a, e percebe o quanto à menina é querida por todos.
            - E para comemorar, continuou o rapaz que segurava um violão nas mãos. Ela vai cantar uma música para nós.
            - Para com isso Dado, você me mata de vergonha.
            Diz abaixando a cabeça.    
            - Canta, canta, canta.... Todos gritam em coro e batem palmas a ela.
            - Com licença, se levanta e sai deixando-o sem graça.

            Vanessa vai sentar-se embaixo de uma árvore para esperar o sinal tocar e voltar ao trabalho.
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terça-feira, 20 de junho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

O PRIMEIRO DIA NO EMPREGO.


Na segunda-feira, Vanessa acordou bem cedo, era o seu primeiro dia de trabalho no escritório, e não pretendia chegar atrasada. Tomou banho, colocou sua melhor roupa, e foi trabalhar.
            Como já era conhecida pelo porteiro, foi fácil entrar, estacionou o seu carro em sua antiga vaga, ainda era muito cedo, por isso, ficou esperando dentro do automóvel até as outras pessoas chegarem.
            Quase oito horas, Sueli estaciona e segue para o escritório, Vanessa desce e vai atrás dela, abordando-a no meio do caminho.
            - Bom dia dona Sueli.
            - Bom dia Vanessa, por favor, não me chame de dona, eu ainda sou uma menina moça. Falou rindo.
            - Me desculpe Sueli.
            As duas entram, e a nova funcionária a acompanha até sua sala.
            - Por enquanto você vai trabalhar aqui comigo.
            Vanessa Iria ficar na sala de Sueli, onde já havia uma escrivaninha e ao lado da mesma um computador que foram colocados especialmente para ela.
            - E o que eu vou fazer?
            - Vamos esperar a Vera chegar primeiro, ela quer conversar com você. Enquanto isso dê uma olhada nos programas do computador, para saber se você terá alguma dificuldade.
            Sueli manda providenciar outro crachá para ela, logo Vera chega e pede para que vá a sua sala.
            - Com licença. Diz Vanessa educadamente ao entrar na sala.
            Vera fica olhando-a de cima em baixo, e começa a rir.
            - Me desculpe! É que da última vez que entrou nesta sala você não parecia ser tão educada.
            - Eu quero esquecer esse dia.
            - Sente-se. Já conheceu o local onde irá trabalhar?
            - Já!
            - A Sueli é um amor de pessoa, ela irá ajudá-la, e se precisar de alguma coisa é só falar comigo, está bem! Espero que você goste do serviço, e faça por merecer. Agora pode ir.
            - Sim, senhora, com licença!
            Vanessa volta para a sala de Sueli, ao passar pelo corredor, as pessoas a cumprimenta um pouco receosa, olhando-a e se perguntando o que estaria ela fazendo ali.

            Porém, finge que não é com ela, no caminho tromba com Luciene que a olha com desdém.
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segunda-feira, 19 de junho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

No final de semana, a casa estava lotada, a banda deu um show de beleza e sensualidade, pareciam profissionais em cima do palco, Vanessa cantava e sambava, parecia uma pluma, esbanjando carisma para quem estava assistindo-a, adorava cantar músicas em espanhol.
            Só no final do baile é que foi feito o sorteio do carro, um metalúrgico levou o prêmio, gritou tanto de felicidade, que acabou ficando rouco.
            O pessoal da banda sentou em uma mesa para tomar alguma coisa, pois estavam exaustos, de longe, um homem bem vestido que estava sentado bebendo whisky, só observava.
            Vanessa se levanta e vai ao banheiro, e ao passar perto daquele senhor, ele à chama até sua mesa, um pouco receosa aproxima-se do estranho que à chama pelo nome.
            - O que o senhor deseja? Quis saber desconfiada.
            - Meus parabéns, você canta e dança muito bem.
            - Obrigada, o senhor é muito gentil.
            - O meu nome é Roberval Junqueira, é a primeira vez que venho aqui. E, acho que vou voltar mais vezes só para vê-la cantar.
            - O senhor será sempre bem-vindo. Com licença, eu preciso ir.
            Ele se levanta e estende sua mão para cumprimentá-la, a ação é recíproca, então ela sai.
            - Fique à vontade “estrela”.
            No banheiro, Juliana pergunta quem era o homem com quem estava conversando.
            - Disse se chamar Roberval Junqueira, eu hem, me acontece cada uma que parece duas.
            - Até que ele é charmoso, Vanessa.
            - Gostou dele? Então o leve para você.
            - Nossa que mau humor.

            - Deixa para lá! Eu vou para casa, estou muito cansada, tchau.
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domingo, 18 de junho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

Tenho percebido que tem muita gente no meu Face que não curtem minha página por vergonha do que outras pessoas irão dizer delas, por eu escrever romances GLS.
Tem até medo de clicar no link que eu compartilho para não deixarem vestígios em seus navegadores.
Preconceito é um substantivo masculino, qualquer opinião ou sentimento concebido sem exame crítico. Sentimento hostil, assumido em consequência da generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio; intolerância.
Já a intolerância é um substantivo feminino, qualidade de intolerante.
Falta de tolerância, de condescendência.
O ser humano é um ser mortal, cheio de defeitos, cada um com o seu, lógico.
“Humano, termo que deriva do latim "homem sábio", ser humano, ser pessoa, gente ou homem, é a única espécie animal ainda viva do primata bípede do gênero Homo”. Wikipédia
Já que o seu significado de “Homem Sábio”, deveria ser inteligente o bastante para saber que, a vida passa tão rápida para ficarmos com picuinhas e preconceitos para com os nossos irmãos, para com a nossa vida.
E o que é a vida?
A vida nada mais é que um conceito com numerosas faces. Pode-se referir ao processo em curso do qual os seres vivos são uma parte; ao espaço de tempo entre o nascimento e a morte de um organismo; a condição duma entidade que nasceu e ainda não morreu; e aquilo que faz com que um ser vivo esteja… vivo.
Ser vivo... Vivo falando mal da minha vizinha.
Vivo odiando meu semelhante, vivo criticando minha vizinha, etc, etc e tal. Assim é o ser vivo.
Aquele ser vivo que não compartilham o amor com o próximo, não amor carnal, mas o amor verdadeiro que corrói o seu amago senão fizermos nada para o bem.
Assim segue a humanidade, em sua vaidade, tentando se fazer de bonzinho, quando no fundo não passa de uma pessoa pretensiosa que desconhece a existência de algo.
Pronto falei.
http://shirleisantos.blogspot.com.br/

Felicidade tem prazo de validade.

            O seu contato mais direto com uma funcionária tinha sido apenas com Luciene, só que era diferente, ela era sua secretária direta, tinha um cargo elevado diante de uma operária, tinha faculdade, era bem influente, tanto que, antes de ir trabalhar em sua empresa, fora recomendada por um empresário e amigo particular de Vera.
            Sentiu um pouco de saudades daquela época quando sua amada chegou à empresa, já tinha carro do ano, morava em um apartamento luxuoso, só usava roupas de grifes, parecia uma executiva. Vera se apaixonou por ela à primeira vista, se encantou com seus belos pares de olhos verdes.
            Agora, se arrepende de tudo o que fez para conquistá-la, e se pudesse voltar ao tempo, jamais a teria desejado, ou levando-a para cama.
Na “Adrenalina”, a banda “Sonhos e Desejos” ensaiam para o show do final de semana que se aproximava e prometia ser muito agitado. Vanessa e seu grupo conseguiram vender todos os ingressos, graças a uma promoção que a casa resolveu fazer para aquele evento.
            Além de dar descontos para quem comprasse os ingressos adiantados, haveria um sorteio de um automóvel zero quilômetro.
            Vanessa conta à Juliana que irá voltar a trabalhar na fábrica novamente, e que vai trabalhar no departamento de marketing da empresa, ela fica feliz ao saber da notícia, e propõe uma comemoração logo após o ensaio.
            Depois do ensaio, eles comemoram ali mesmo o novo emprego da cantora, e avisa-a, ela quem iria pagar a conta das bebidas, apesar de não tomar nada que contenha álcool ela aceita com prazer, e assim, só saem do clube quando é madrugada.
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sábado, 17 de junho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.



Felicidade é um substantivo feminino, a qualidade ou estado de feliz; estado de uma consciência plenamente satisfeita; satisfação, contentamento, bem-estar.
Boa fortuna; sorte.
Assim define o nosso dicionário brasileiro.
Na vida real, felicidade tem autos e baixos, e dependemos de algo ou alguém para sermos felizes.
Certo ou errado, ser feliz depende do nosso modo de agirmos ou reagirmos.
Será que para sermos felizes, precisamos realmente de alguém?
Se sim, essa felicidade é querer a felicidade do outro, mesmo que você não seja mais o motivo dela.
Então, isso é amor.
E o que é o amor?
Amor é substantivo masculino, uma forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de consanguinidade ou de relações sociais.
Atração baseada no desejo sexual.
Fazer sexo nos deixa feliz porque servimos a carne, aquela sensação de desejo e prazer, na hora do amor.
Corpos arrepiados, e a cada orifício da pele se erguendo devido a uma emoção intensa dos sentidos.
Então, felicidade não se resume, se sente.
Sentimentos e ações que não temos como prever sem antes senti-la.
Felicidade também, tem o seu prazo de validade.
Porque, se estamos felizes por alguém, ou alguma coisa, tudo nessa vida tem o seu fim.
Essa utopia extraordinária, nos faz sentirmos realizados, por conta de um devaneio que nem mesmo sabemos como explicar.
Loba Solitária. 17/06/2017