segunda-feira, 31 de julho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

Vanessa chegou no horário combinado com Roberval, doutor Romeu já a esperava na anti-sala e foram logo atendidos.
            Após uma longa examinada no contrato, o advogado explicou a moça os seus direito e deveres, e deu carta branca para que ela o assinasse despreocupada.
            Quando voltava para a empresa, Vanessa ligou para Vera, mas a secretária não quis passar a ligação, porquanto ela estaria em meio de uma reunião e não queria incomodá-la, pois sempre em que era interrompida, a empresária ficava uma fera, isso, antes de conhecê-la, porém, a subordinada ainda não sabia desse detalhe.
            Quando chegou à companhia, já era quase hora de ir para casa, Vanessa arrumou suas coisas, foi até a sala de Vera e colocou o celular em cima de sua mesa junto com um bilhete e saiu, pois, ela ainda não havia voltado.
            Horas depois, quando se preparava para tomar um banho, o telefone toca.
            - Oi meu amor, porque você não me ligou? Quis saber.
            - Eu liguei, mas a Valquíria me disse que você ainda estava na reunião, eu não quis incomodá-la.
            - Você não me incomoda só me dá prazer. Estou morrendo de saudades. Posso passar aí na sua casa agora para saber como foi a sua conversa com o Roberval?
            - Claro que pode.
            - Então até daqui a pouco. Um beijo.
            - Outro.

            Vanessa desliga o telefone, e vai para o banheiro tomar banho, quando se prepara para entrar embaixo do chuveiro, a companhia toca, ela coloca um hobby e vai atender a porta. Leva um susto ao ver Vera estancada na porta, já que acabaram de se falar ao telefone.
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domingo, 30 de julho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.


BRINCANDO NA FLORESTA.


            Roberval Junqueira ligou na empresa para conversar com Vanessa a respeito do contrato que queria fazer com ela. No momento em que falava ao telefone, Vera apareceu para conversar com Sueli, as duas ficaram em silêncio ouvindo toda a conversa.
            Os dois marcaram de se encontrar na parte da tarde no escritório do empresário para discutirem as clausulas do mesmo, então desligou o telefone.
            Vanessa sentia-se insegura, pois iria assinar um documento muito importante em que a ajudaria a subir as escadas da fama. Vera se ofereceu para ajudá-la, colocando a disposição o advogado da empresa para acompanhá-la, então a moça aceitou.
            Bastou um telefonema para que tudo ficasse acertado entre ela e o defensor de causa. Pediu permissão à patroa para se ausentar na parte da tarde.
            - Não precisa pedir meu amor, respondeu e executiva pegando em sua mão. Vou mandar o meu motorista lavá-la.
            - Por favor, meninas, falou Sueli se levantando para sair da sala. Esperem-me sair primeiro.
            - Não precisa, respondeu Vera, eu já vou sair, tenho uma reunião daqui a pouco. Levantou-se também e roubou um beijo da sua namorada e disse acariciando o seu rosto. Vou sentir saudades sua.
            - Eu também!
            - Assim que terminar me liga.

            Entregou seu celular para ela, depois saiu para a reunião acompanhada por Sueli.
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sábado, 29 de julho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

Satisfeitas, se abraçaram e se beijaram demoradamente, sem se esquecerem das carícias que mantinha acesa a chama do desejo, e não permitia quebrar o encanto daquele momento mágico.



            Bem mais tarde, Vera pediu pelo interfone alguma coisa para comer, enquanto isso, foram tomar um banho de hidromassagem, ficaram por ali algum tempo de olhos fechados e de mãos dadas, não queriam que as energias de seus corpos tomassem outra direção.
            Saíram da banheira enroladas em uma toalha, pegaram a bandeja com os lanches e sucos e foram comer, após isso, Vera pegou sua bolsa e tirou de dentro uma caixa embrulhada para presente e entregou à sua companheira.
            - Feliz aniversário meu amor!
            Vanessa quase nem acreditou, não pelo presente, mas, por ela tê-la chamado “de meu amor”.
            - O que disse?
            - Feliz aniversário!
            - Não. Depois disso.
            - Meu amor.
            - Obrigada pelo presente, e por me chamar de meu amor.
            - Agora eu tenho certeza disso, você é o amor da minha vida.
- Somos almas gêmeas! Completou dando-lhe um beijo, depois abriu o presente.
            Vera havia comprado um par de alianças, como não sabia ao certo o tamanho do seu dedo, disse que, caso não servisse, elas iriam trocá-la no outro dia.
            Queria que aquela data fosse marcada não somente pelo seu natalício, mas também, o dia em que assumiram um compromisso muito importante que mudaria o rumo de suas vidas. 
            - Vamos embora?
            Chamou Vanessa preocupada com a hora.
            - Agora não meu amor vamos passar a noite aqui. Por favor, diz que sim!
            - Está bem! Você venceu.

            Assim, namoraram até chegar o sono, e adormeceram de rosto coladas, satisfeitas e relaxadas.
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sexta-feira, 28 de julho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

À noite, Vera passa na casa de Vanessa para pegá-la, desta vez foi sozinha, dispensou o motorista e o segurança, mesmo porque, o seu carro importado era blindado, estavam seguras dentro dele até que se prove ao contrário. Foram a um restaurante, jantaram, conversaram um pouco, depois saíram rumo à um motel.
            Escolheram o melhor quarto para pernoitar, tomaram um banho depois se deitaram na cama sob a tênue luz avermelhada e colocaram uma música suave.  
            Vera já sentia mais à vontade, fazia carinhos ousados em sua amada sem nada dizer, apenas sentia-se, se tocavam depois Vanessa à fez relaxar e suspirar profundo. Então, percorreu suas costas roçando seu queixo e beijando ao mesmo tempo. Chegando à altura dos ombros, lambendo-os com sua língua quente, deitando levemente sobre ela para não a sufocar.
            Logo, pediu que virasse de barriga para cima, e iniciou em seus lábios os beijos ardentes, numa loucura insaciável, onde suas línguas se uniram dentro de uma só boca. Foi descendo até o pescoço procurando encontrar seu ponto fraco, deixando-a arrepiada, onde até as pontas dos seios se eriçaram de tanto tesão, enquanto Vera correspondia acariciando-a com as mãos que já estavam transbordando de prazer.
            - Está relaxada agora?       
            Quis saber para poder completar aquele amor sedento e incansável.
            Estavam muito próximas a atingirem o êxtase total, mas Vanessa queria ir muito mais além, pretendia fazê-la enlouquecer primeiro, desesperando-a numa busca indomável, com gemidos espremidos, prontos para serem liberados no momento certo. Vera apertava sua amada com as mãos, deslizou as pontas dos dedos sobre suas costas como se fosse um gato que estava para cair do alto de uma árvore, arranhando levemente sua pele.
            Sentia aproximar o momento em que iria atingir a satisfação total, era o seu momento de prazer e amor, instantes e gestos, que na hora do sexo, ela gozou.

            Deixou então soltar de dentro de si, o grito para que os Deuses ouvissem que estava feliz, uma felicidade que experimentara pela segunda vez em sua vida desde o momento em que conheceu aquela criatura tão carinhosa e amável.
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quinta-feira, 27 de julho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

Quando terminou a reunião, era quase meio dia, Vanessa havia ido fazer um serviço em alguma parte da fábrica que ninguém soube dizer ao certo, pois ela não tinha avisado, e Vera ficou aflita, queria vê-la e agradecê-la pelo bilhete e a rosa.
            Tocou o sinal para o almoço, e todos se dirigiram para o refeitório, Vera e Sueli achando que ela já estaria lá, foram também, ao entrar, percorreram os olhos por todas as mesas procurando-a, mas ela não estava então se serviram de seus pratos e sentaram sempre com o cuidado para ver a hora em que ela entrasse ali para chamá-la junto delas. Ao longe, Luciene que estava sentada junto de Marcelo, só observava.
            Elas perceberam que havia algumas pessoas agitadas, preocupadas, sempre olhando em direção a porta, um rapaz segurava um violão meio receoso de ser chamado a atenção por ela, de repente, Juliana entra correndo no salão e diz:
            - Ela vem vindo.
            Uns grupos de pessoas se levantam e vão perto da porta, assim que Vanessa entra, eles começam a cantar parabéns a você, era o dia do seu aniversário. Ela quase não acredita no que vê, Vera fica surpresa, pois não sabia que ela completava mais um ano de vida naquele dia. Então se levantou e cantou junto com os outros que a abraçavam cumprimentando-a.
            Sentiu uma ponta de ciúmes ao vê-la sendo abraçada por Vicente e algumas meninas, mas procurou disfarçar a sua insegurança. Sentou-se novamente, e quando terminaram de cumprimentá-la, Vera chamou-a em sua mesa.
            - Por que não me disse que era o seu aniversário? Teria lhe comprado um presente.
-     Eu já ganhei o meu presente!
Sorriu com malícia, seu rosto ficou rosado de vergonha, por causa da presença de Sueli. Levantou-se e foi buscar o seu almoço, quando ia sentar-se ao lado de Juliana e Vicente, Sueli chama-a para sentar-se com elas, a pedido de Vera que brinca, para lembrá-la do final de semana.
            - Faça de conta que eles estão sentados aqui.
            As duas riram da brincadeira, enquanto Sueli fica sem entender nada.
            - Obrigada por ter cuidado tão bem daquele relatório para mim.
- Não tem por onde.
            Após o almoço, elas voltam para o escritório, Vera convida-a para ir jantar fora, em um local reservado, onde elas pudessem comemorar aquela data querida. Ela aceita, e segue para o seu trabalho normalmente.
            A empresária avisa a secretária que precisa sair para resolver algumas coisas na rua e que cancele todos os seus compromissos, pois não voltaria mais à empresa aquele dia.
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quarta-feira, 26 de julho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

O BILHETE.
                                                                       Querida Vera,

            Desde o momento em que deixou a minha casa, tudo ficou tão triste, senti um vazio imenso invadir a alma, que quase naufraguei em minha ansiedade por ver-me só em meu quarto estreito e abafado.
            A cama pareceu-me tão grande que, custou-me uma eternidade para conseguir me acomodar em meu leito devastado e frio. Procurei tão logo pelo sono que havia partido em busca de outros corpos cansados e cheios de indolência.
Pude ver ao meu lado o travesseiro vazio que repousava sobre a tênue luz do abajur do criado mudo que nada me disse, numa dupla conspiração inanimada, apenas observavam a minha aflição por estar ali sozinha, sem você.
Procurei o seu cheiro em meu corpo, e ele ainda estava lá em cada um dos orifícios de minha pele, que ardia em chamas enquanto buscava-te em pensamentos numa aspiração carnal, consegui assim reviver cada instante que ao seu lado estive fazendo-me valer-se pela boa sorte.
            Por esse e por todos os outros motivos, entrego-te esta rosa que já está murcha em razão da saudade avassaladora em meu peito. Caso queira sentir ainda o seu perfume, ele está guardado dentro de minha alma, esperando que você apareça para sorver o seu aroma.
            Sem mais, vou ficando por aqui, à espera dos seus beijos e abraços, peço-te somente, não demore, pois estou a sua espera, olhando para o relógio que antecede as horas que me separam de você!
            Com carinho...

                                                           Vanessa.
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terça-feira, 25 de julho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

Vera deixa a sala quase que forçada, não fosse aquela reunião ficaria ali junto do seu novo amor. Mas levou-a consigo em pensamentos, e, enquanto todos falavam ao mesmo tempo, ela se desligou dali e procurou reviver aqueles momentos encantados, entre uma pausa e outra alguém chama por seu nome.
            - Dona Vera. Perguntou Valter, representante comercial da empresa. A senhora leu os relatórios que eu deixei em sua mesa?
            - Desculpe-me, eu não tive tempo ainda.
            Estava tão distraída que havia esquecido os relatórios em cima da mesa de Vanessa, Sueli pediu que sua secretaria fosse buscá-los, tão logo a moça entra e os entrega a ela.
            Ao abrir a pasta, Vera surpreendeu-se com uma rosa vermelha e um bilhete no meio do mesmo, logo viu do que se tratava, sorriu feliz e leu o bilhete em silêncio, enquanto as pessoas esperavam sem entender nada.

            Continua...
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segunda-feira, 24 de julho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

O DIA SEGUINTE.



            Quando Sueli chegou, Vanessa já estava na sala digitando alguma coisa, que nem mesmo ela sabia o que era, pois estava com o pensamento longe, ouvindo sua música imaginária.
            - Ei, ... Falou Sueli estalando os dedos para acordá-la. Tem alguém aí?
            - Bom dia. Respondeu como sempre fez, com um lindo sorriso no rosto. Desculpe-me, eu estava tão distraída.
            - Sei. Respondeu com malícia. E a Vera, já chegou?
Não sei, ainda não fui até sua sala.
            Sueli deixa-a sozinha e vai até a sala de Vera, que também acabara de chegar, mais linda do que nos outros dias, totalmente transformada. Ela que sempre fora vista por todos mal-humorada, rígida com os seus funcionários, estava leve, calma e sorridente com todos. Chegando a cumprimentar um por um na hora em que passou pelos corredores da empresa, ação esta que, jamais adquirira quando estava com Luciene, principalmente na segunda-feira, quando chegava de mau humor e estressada em conseqüência das brigas contínua que tinha nos finais de semana com sua ex-namorada.
            - Hoje a patroa está de bom humor. Comentou o boy com a telefonista. Acho que vou pedir um aumento. Brincou todos sorriram do gracejo do rapaz.
            Na sala, Sueli percebeu logo de cara o que havia acontecido na fazenda, vendo sua amiga sentada na cadeira, totalmente relaxada, e com o olhar brilhando, falando sem parar sobre a reunião que teriam logo mais, fazendo planos.
            - Já sei, perguntou só para confirmar. Vocês ficaram juntas, não é?
            - Não! A gente descobriu que se ama!
            - Espero que você não se machuque novamente minha amiga.
            - Não se preocupe desta vez eu tenho certeza desse sentimento. É diferente, é calmo e gostoso! Eu nunca me senti tão feliz em toda a minha vida.
            - Tudo bem. Espero que você esteja certa do que está falando.
            Logo depois, a secretária bate na porta e entra para avisar que a reunião estava para começar, elas saem, mas antes, Vera quer dar bom dia à sua amada.
            Vanessa recebe um beijo de bom dia e pergunta como passou a noite.
            - A minha cama estava tão fria, respondeu a executiva. Parecia que nunca iria amanhecer, estou com tantas saudades de você, que ainda posso sentir o seu cheiro.
            De repente, entra Sueli para lembrá-la novamente do compromisso marcado.

            - Eu já estou indo, Sueli. Levantando-se. Depois eu volto, tchau. 
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domingo, 23 de julho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

- Acho que eu sempre gostei de você durante todos esses anos em que trabalhei na fábrica, conta sorrindo. Eu não suportava você, achava-a muito autoritária, dona do mundo, não pronunciava o seu nome, eu a chamava de “A Dona da Empresa”, quando no fundo, eu acho que você já era a dona do meu coração.
            - Veja como são as coisas, você trabalhou na empresa quase dois anos e eu nunca a notei, estávamos tão perto uma da outra, e não sabíamos.
            Vanessa se ajeita, sentando-se por trás de Vera abraçando-a, ficam ali conversando e admirando aquele paraíso, que elas com certeza o tornariam como refúgio particular.
            - Do que você gosta? Perguntou Vanessa tentando saber mais a seu respeito.
            - Eu gosto de pessoas românticas, assim como você, que me digam coisas bonitas no ouvido, me tomem no colo e me faça ninar. Ah, suspirou fundo. Como é bom ser amada! Gosto de surpresas agradáveis, coisas que mexem fundo os meus sentimentos.
            - Deixe-me fazer de você a mulher mais feliz desse mundo?
            - Eu deixo meu bem, mas terá que me prometer que jamais irá me trair. Eu não gostaria de ser enganada novamente.
            - Por favor, me desculpe, mas, não me compare a essas vadias que passaram pela sua vida. Eu sou diferente, também não quero ser traída, apenas confie em mim assim como eu vou confiar em você.
            - Eu confio em você, vejo sinceridade em seus olhos.
            - Assim fica bem melhor. Eu juro a você, que irei protegê-la com a minha própria vida se preciso for, jamais eu vou permitir que alguém fira você ou te magoe... dou a minha palavra, pode escrever que eu assino em baixo.
- Meu anjo, eu fico te olhando e me perguntando, quem é você que chegou em minha vida enchendo o meu coração de felicidade? Sabe, é a primeira vez que eu estou sentindo essa sensação tão gostosa, eu pensei que já tinha sido feliz um dia, mas agora ao seu lado eu percebo o quão eu estava enganada.
            - Eu sou a felicidade!
- Você é tudo isso e muito mais, é um amor! Adoro você!
            Voltaram para casa para almoçar, caminharam um pouco, logo chega o motorista e o segurança que ela havia dispensado no sábado, para buscá-las e levá-las à cidade.

            Despediram-se na casa de Vanessa com um beijo demorado, e sem querer deixá-la, Vera foi embora levando consigo os doces momentos que ficaram gravados em sua memória, pois estava tão feliz, que, conseguiu “fazer de conta” que estava beijando seu grande amor, sentindo até o perfume de sua pele que ainda infestava a sua. Só então que conseguiu entender o que ela vivia dizendo em “fazer de conta” e acreditar. E sorriu abobada.
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sábado, 22 de julho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

O sol já estava no meio do céu, quando as duas acordaram, estavam um pouco envergonhadas uma da outra, mesmo assim foram tomar banho juntas, depois seguiram até a cozinha para tomar o café da manhã.
            Georgina que estava preparando o almoço parou para servi-las, tomaram o café em silêncio, quase não se olharam, Arlindo, o caseiro, entrou na cozinha para oferecer os seus serviços.
- Me desculpe incomodá-la dona Vera, mas a senhora quer que eu mande selar os cavalos?
            Ela então olha para Vanessa e pergunta.
            - Você quer cavalgar?
            - Você é quem sabe. Respondeu desviando o olhar.
            - Pode mandar Arlindo, obrigada.
            Após o café, são avisadas de que os cavalos estavam prontos, a fazendeira pede para que Georgina lhe traga dois chapéus, depois saem.
            Vera montava muito bem, Vanessa sabia, porém, não tinha muita intimidade com o animal, percorreu a fazenda galopando, quando passavam próximas ao lago, elas pararam e se olharam nos olhos sem nada dizer, pareciam que estavam se comunicando pelo olhar, então dispararam rumo ao paraíso, onde tudo havia começado.
            Desceram dos animais e seguiram até perto da cachoeira, Vanessa subiu as pedras e estendeu a mão para sua doce amada, ajudando-a a tornar mais leve sua subida, entraram no meio da queda d’água que caia como uma ducha cristalina, refletindo os raios coloridos do sol.
            Abraçaram-se com fervor, sem nada dizer, deixaram apenas o barulho da cascata como música de fundo e o barulho dos pássaros a gorjear. Ficaram assim por algum tempo, depois foram sentar-se sobre as pedras.
            - Não quero que pense que eu estou querendo me aproveitar de você, falou Vanessa cabisbaixa. Eu sei que você acabou de sair de uma relação e está frágil.

            - Você foi como um presente que caiu do céu, na hora certa, e que me fez enxergar que eu nunca amei Luciene de verdade, que eu estava iludida. Diz acariciando suas lindas e longas madeixas. Eu quero você só para mim. Abraçando-a em seguida. Estou apaixonada por você! Acho que desde o primeiro momento em que a vi entrando em minha sala daquela maneira, tão decidida, sem medo de enfrentar as pessoas, tão forte, agressiva e “briguenta”! Sorriu.
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quinta-feira, 20 de julho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

Vanessa tinha as mãos de uma fada, sabia fazer afagos como ninguém, e o dom das palavras que encantava sua presa envolvendo-a num só desejo, soltou as mãos de sua amada para que ela pudesse também participar daquele prazer intenso, disse frases bonitas que invadiam bem no fundo, transbordando toda a essência de sua alma.
            “Sinta o calor de o meu corpo juntar-se ao seu se entregando sem medo do amanhã que está por proceder. Deixe-me deleitar dos seus beijos e conhecer o cheiro do pecado esvaindo das nossas peles suadas, percorrendo por caminhos longos e ignorando pequenos destinos até que percamos a cabeça e cometemos grandes desatinos”.
            A vida pareceu mais bela, como num entardecer de um dia lindo de sol que se esconde por trás dos montes dando lugar para que a noite possa invadir o céu dos apaixonados, trazendo consigo a dama da noite que atende pelo nome de lua.
            Vera então, no momento mais esperado por ela naquela relação, gritou numa ansiedade louca, enquanto o prazer invadia o seu corpo, se deliciando com aquele amor autêntico, que jamais havia experimentado em toda a sua vida, roçou a pele de sua parceira com as pontas dos dedos sem ferir a carne, chegando enfim, a atingir o orgasmo.
            Gozaram juntas todas as felicidades que ali se fez presente e permaneceu como um momento mágico, que a empresária não queria que acabasse nunca mais, esqueceram até de que não haviam almoçado, já que estavam saciando da penúria do desejo e do amor.
            Somente quando a noite invadiu a madrugada é que elas se levantaram, tomaram um banho e foram à cozinha procurar alguma coisa para comer. Depois, voltaram para o quarto, Vera colocou a cabeça sobre o corpo de Vanessa que acariciava seus cabelos o tempo todo e adormeceram assim unidas.


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quarta-feira, 19 de julho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

NA HORA DO AMOR.


            Quando chegaram a casa, Vera convidou-a para tomarem banho juntas no banheiro apesar de espaçoso, elas preferiram ficar bem próximas para dividirem o mesmo chuveiro. Muito tempo depois, saíram enroladas a uma toalha, Vera ascendeu uma lamparina e colocou-a um pouco distante, depois apagou as luzes e disse:
            - Faz de conta que aqui não tem energia elétrica.
            Riram juntas, Vanessa aproxima-se e lhe faz um carinho beijando-a no rosto, pega suas mãos, beija-a também a puxando em direção da cama, deita-a com cuidado para não quebrar o encanto daquele momento em que estava surgindo um clima todo especial.
            - Diga-me, perguntou em seu ouvido enquanto retirava a toalha de sua companheira, você tem alguma fantasia sexual?
            - Tenho! Balbuciou Vera envergonhada.
            - Então diga para mim qual é, sussurrou.... Que eu realizarei!
            - Sempre sonhei estar amarrada a uma cama enquanto estivesse sendo amada, só que nunca eu tive coragem de dizer isso a alguém.
            Vanessa procura alguma coisa para amarrá-la, encontrando somente algumas toalhas e camisas. Pegou-as e amarrou-a com cuidado para não a machucar, deixando-a totalmente despida.
- Espero que essas algemas suportem! Se quiser gritar, pode gritar que eu deixo!
            Fez uma massagem carinhosamente para relaxá-la por completo, depois tocou o queixo de leve sobre sua pele, deslizando-o por todo o corpo com movimentos precisos, deixando os cabelos e os bicos dos seios encostarem e riscarem a carne sem que ela sentisse dor alguma, ao contrário, que, já estava entrando em êxtase, e pedia para que a moça lhe abraçasse, tomá-la em seus braços para poder senti-la por inteiro.
            Estava molhada de tanto desejo, ardendo em excitação, queria gritar, mas sentia-se envergonhada por ser a primeira vez.

            - Eu sei que está com vontade de gritar, murmurou parecendo adivinhar seus pensamentos, enquanto passava a língua quente em seu ouvido, mordendo-o com lentidão. Pode gritar, solte esse bicho que está dentro de você, relaxe e goze.
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terça-feira, 18 de julho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

            O peixe que prometia ser um banquete dos “Deuses” estava queimado como um carvão senta-se então ao redor da fogueira e começam a rir daquela situação inesperada, pois estavam sem comida.
            Vanessa aproxima-se de Vera, e diz:
            - Não se preocupe, eu vou dar um jeito nisso!
            - Como?
            - Você se esqueceu que eu sou uma feiticeira? Vamos fazer de conta que estamos no paraíso, e que uma serpente irá nos trazer uma maçã, a nossa maçã do amor. Feche os olhos e concentre-se comigo.
            Enquanto sua companheira permanece de olhos fechados, ela vai até a mochila e pega duas maçãs e coloca-as sobre um guardanapo, depois pede para que ela abra os olhos.
            - Eu não acredito! Você é demais!
            - Viu só, eu não te disse? Basta acreditar!
            - Onde conseguiu essas maçãs?
            - Foi uma serpente quem trouxe, mas já foi embora. Aponta para o outro lado do rio. Veja, lá está ela, se escondendo atrás daquelas rochas.
            - Nossa como ela é boazinha, nos trouxe as maçãs, geladas.
Aos poucos ela conseguiu se soltar e entrou de vez na brincadeira, comeram e beberam água, como se estivessem em um piquenique, Vanessa aproxima-se com cuidado, mandando-a se deitar.
            - Ouça, estão tocando a nossa música favorita. Deixe-a passar em seus ouvidos e caminhar suavemente em seu corpo até chegar a sua alma. Diz enquanto abre a blusa da sua companheira. Agora sinta o calor da minha mão que percorre o seu corpo, no compasso de uma dança.
            Suas mãos percorrem o corpo de Vera sem tocá-la, apenas a um espaço de milímetros, e ela pode sentir o calor que transbordava de sua mão que estava suada em razão daquele desejo ardente que a dominava.
            Dentro delas, cada gesto era como se fosse um convite para juntarem seus corpos para se amar, mas Vanessa preferiu ir mais longe, queria que estivessem bem relaxadas para esse momento tão especial, e fazer sua companheira acreditar no “faz de conta” que sempre se pode ser feliz, basta acreditar.

            Sussurraram algumas palavras baixinhas, até que se beijaram e rolaram no chão próximo à sombra de uma árvore e ficaram assim por algum tempo trocando carícias, até que a tarde chegou, então foi preciso voltar à sede da fazenda antes do escurecer.
Continua...


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segunda-feira, 17 de julho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

Elas se encontram debaixo d’água, Vanessa se levanta, só então é que, Vera se dá conta que ela estava em local não muito fundo, pois as águas estavam um pouco acima de sua cintura.
            - Por que demorou tanto, eu quase morri afogada.
            Percebendo a brincadeira, ela sorri, mas logo se cala ao ver os olhos da moça fixados nos seus, aproximam-se como se estivessem sendo impulsionadas pelas águas até estarem com seus corpos quase colados um no outro.
            - Me perdoe, eu não pretendia assustá-la.
            - Tudo bem! Falou baixinho.
            - Eu só estou querendo diverti-la. Gosto de vê-la sorrindo.
            - Eu estou me divertindo.
            - Deixe-me fazê-la feliz ao menos por um dia.
            - Você está me fazendo feliz!
            - Então feche os seus olhos e faça um pedido em pensamento que esta feiticeira aqui irá tentar adivinhar o que é.
            Vera obedeceu, fechou os olhos e Vanessa aproximou os seus lábios em direção aos dela e beijou-a mansamente, seus corpos estavam trêmulos, aos poucos foi se tocando até se tornarem um só corpo, abraçaram-se calorosamente num desejo insaciável que até as águas pareciam que estavam gostando, envolvendo-as como num redemoinho suave.
            Após um longo e sufocado beijo, elas retomam o fôlego, se olham procurando palavras para explicar aquele impulso.
            - Como você adivinhou o que eu estava pensando? Quis saber Vera, com a voz mansa e com o rosto ainda encostado no dela.
            - Eu também desejei a mesma coisa!
            - Esperei tanto por esse momento.
            - Foi a magia desse bosque encantador que nos uniu. Fez-me ver que você é a minha alma gêmea.
-Estou muito feliz por isso.
- Então aproveita, porque toda felicidade já vem com prazo de validade.
            - Acho que estamos ardendo em brasas! Sorriu.
            - Eu tenho certeza, sinto até o cheiro de queimado.
            Param por um instante, e procuram identificar aquele cheiro que se aproximava delas, de repente, se lembram de algo e falam juntas.
            - O peixe!
            Então nadam até a margem do rio e vão tentar salvar o almoço.
Continua...
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