quarta-feira, 31 de maio de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

Segundo Capítulo.
ENFRENTANDO A REALIDADE.

       
            Aborrecida e abatida por não ter dormido direito à noite, Vera tentou disfarçar sua dor, e foi para o trabalho como se nada tivesse acontecido. Tentou entender sua calma, porque não reagira naquele momento em que sofrera aquela infidelidade no amor, mas não chegou a nenhuma conclusão.
          Sueli, percebendo sua angústia, tratou logo de ir até sua sala para saber o que havia acontecido. Vera tentou evitar falar sobre o assunto, mas não aguentou e desabafou.
            - Ela estava me traindo Sueli; disse com os olhos rasos d’água naufragando em sua aflição, e bem no fundo do seu âmago uma dor gritava por liberdade, querendo arrancar aquele sofrimento moral e arrasador.
            - Não fique assim minha amiga, você sempre soube que a Luciene não prestava.
            - Eu não estava querendo acreditar! Desta vez falou chorando, inconformada por ter sido enganada da maneira mais cruel e desumana.
            - E pensar que você faz e dá de tudo a ela.
            - Eu não estou sentida pelo o que eu dei a ela, mas sim pelo amor que eu dediquei todos esses anos, a confiança depositada, são quase três anos de relação.
            - Vera. Falou Sueli. Você há de concordar comigo minha amiga, que a relação de vocês duas já estava desgastada demais. Vocês só viviam brigando, se agredindo. Que amor é esse minha amiga? Quando se há amor de verdade, não existe espaço para a discórdia!
            Cabisbaixa, ela pensou por alguns instantes, ficou distante. Pensou no que iria fazer despedi-los talvez não fosse a melhor maneira, e acima de tudo, eles eram ótimos funcionários, daqueles que não se encontra em qualquer esquina, e além do que, não queria cometer uma ação injusta com a empresa por causa de motivos pessoais.
            Acima de tudo, era uma profissional e sabia separar as coisas, no entanto, gostava muito de Luciene e não conseguia ver a desinência do seu caso, mas também não queria ficar com ela. Não sabia ao certo se ouvia a voz da razão, ou do coração, estava muito dividida. Todavia, alguma decisão haveria de tomar, já que estava colocando em risco o futuro da empresa, e acima de tudo, a sua felicidade que, mesmo sem saber ao certo se havia tido esse feliz êxito.
Naquele dia, Luciene e nem Marcelo foram trabalhar, talvez por medo e insegurança.

Continua...


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