domingo, 9 de outubro de 2011

DEPOIMENTO DE UM DEPILADO. Primeira parte.


Estava eu assistindo tv numa tarde de domingo, naquele horário
em que não se pode inventar nada o que fazer, pois no outro dia é
segunda-fe 
ira, quando minha esposa deitou ao meu lado e ficou brincando com
minhas 'partes'. 
Após alguns minutos ela veio com a seguinte idéia: Por que não depilamos
seus ovinhos, assim eu poderia fazer 'outras coisas' com eles.
  
Aquela frase foi igual um sino na minha cabeça. Por alguns segundos fiquei
imaginando o que seriam 'outra coisas'. Respondi que não, que doeria coisa e
tal, mas ela veio com argumentos sobre as novas técnicas de depilação e eu
imaginando as 'outras coisas' não tive mais como negar.
Concordei. 
Ela me pediu que ficasse pelado enquanto buscaria os equipamentos
necessários para tal feito. Fiquei olhando para TV, porém minha mente
estava vagando pelas novas sensações, que só acordei quando escutei o
beep do microondas.
  
Ela voltou ao quarto com um pote de cera, uma espátula e alguns pedaços de
plástico. Achei meio estranho aqueles equipamentos, mas ela estava com um ar
de 'dona da situação' que deixaria qualquer médico urologista sentindo-se
como residente. 
Fiquei tranqüilo e autorizei o restante do processo. Pediu para que eu
ficasse numa posição de quase-frango- assado e liberasse o aceso a zona do
agrião. Pegou meus ovinhos como quem pega duas bolinhas de porcelana e
começou a passar cera morna. Achei aquela sensação maravilhosa! !
O Sr. Pinto já estava todo 'pimpão' como quem diz: 'sou o próximo da
fila'!!
  
Pelo início, fiquei imaginando quais seriam as 'outras coisas' que viriam
Após estarem completamente besuntados de cera, ela embrulhou ambos no
plástico com tanto cuidado que eu achei que iria levá-los para viagem.
Fiquei imaginando onde ela teria aprendido essa técnica de prazer:
Na Thailândia, na China ou pela Internet mesmo.
Porém, alguns segundos depois ela esticou o saquinho para um lado e deu um
puxão repentino. Todas as novas sensações foram trocadas por um
sonoro PUUUUTA QUEEEE O PARIUUUUUUU quase falado letra por letra. Olhei para
o plástico para ver se o couro do meu saco não tinha ficado grudado. Ela
disse que ainda restaram alguns pelinhos, e que precisava passar de novo.
Respondi prontamente:

Se depender de mim eles vão ficar aí para a eternidade!!
Segurei o Dr. Esquerdo e o Dr. Direito em minhas respectivas mãos, como quem
segura os últimos ovos da mais bela ave amazônica em extinção, e fui para o banheiro.
Sentia o coração bater nos ovos. 
 
Abri o chuveiro e foi a primeira vez que eu molho o saco antes de molhar a cabeça. Passei alguns minutos só deixando a água gelada escorrer pelo meu
corpo. Saí do banho, mas nesses momentos de dor qualquer homem vira um
bebezinho novo: faz merda atrás de merda. 

Continua...   

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