Felicidade tem prazo de validade.
Claudia, uma
das operárias da fábrica, prendeu o dedo na máquina quase o arrancando fora,
Vanessa correu para ajudá-la, Roberto, o chefe se aproxima e grita com ela da
forma mais impiedosa.
- Já falei para você cuidar do seu
serviço Vanessa.
Nervosa, ela responde fazendo transbordar
seus sentimentos que a muito os mantinha conservados.
- Escuta aqui, você não está nem um
pouco preocupado com a nossa segurança, pensa que é só trabalhar?
Todas as funcionárias param para
ouvir os dois discutirem, o silêncio se fez abrindo espaço para aquela rixa
antiga.
- Você é muito boca dura garota,
está pensando o que da vida?
- Eu penso que você é um puxa saco e
idiota!
- O que foi que disse?
Uma das meninas aproxima-se e puxa
Vanessa pelo braço, tirando-a de perto dele, para que os dois não acabem
cometendo uma loucura.
- Esse cara pensa que só porque ele
é chefe pode dar uma de bom. Saiu resmungando.
A
maior vontade de Roberto era de mandar Vanessa embora daquele lugar, mas, ao
mesmo tempo em que precisava dela, ele a queria por perto para lhe dar os
piores serviços, e humilhá-la diante de todos, provando assim quem era o líder
daquela seção.
- Não adianta ficar nervosa
Vanessa,. Aconselhou Juliana, sua amiga. Ele é o chefe, sempre terá razão por
mais que esteja errado.
- Ele é um idiota.
- Pode ser, mas
esse idiota aí poderá muito bem chegar à diretoria e falar que você não está
trabalhando bem, e pedir para dispensá-la. Ele só não fez até agora em razão da
fábrica está apurada de serviço, mas fica esperta, assim que ficar fraco ele
irá se vingar de você.
- Por mim, se ele quiser, pode me
despedir agora mesmo, morrer de fome eu não vou.
- Você é muito esquentada, finja que
ele nem existe.
- Não da Juliana, eu não consigo
engolir esse camarada!
- Aguenta firme, daqui a pouco nós
vamos embora para casa, e você vai esfriar a cabeça.
Vanessa tentou trabalhar o resto da
tarde sem pensar em Roberto, mas sua vontade era de afrontá-lo fisicamente.
Continua...
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