terça-feira, 5 de setembro de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

Era sexta-feira, chovia muito, e Vera não pode acompanhar Vanessa em uma apresentação que seria feita na cidade vizinha, porque Verônica lhe havia pedido para ficar e ajudá-la a resolver alguns problemas pendentes na empresa.
            Naquela noite Vera esperou acordada por Vanessa que havia combinado com a empregada para que preparasse um jantar especial a luz de vela, sem que a empresária soubesse, e que seria servido embaixo do quiosque perto da piscina.
            Quando chegou a casa já era de madrugada, pegou o violão e desceu do carro, dispensou os seus seguranças particulares, caminhou embaixo da chuva que caia. Os empregados já a esperavam, porquanto ela havia telefonado quando estava a caminho de casa pedindo para que deixassem as coisas preparadas.
            Parou embaixo da janela do seu quarto e começou a cantar a música preferida de Vera, do alto, ela que estava sentada em uma poltrona lendo um livro, quando ouviu a música, correu até a janela abrindo-a, ao vê-la cantando embaixo da chuva se emocionou, não sabia se ria ou se chorava, mandou-a sair do meio daquele temporal.
            - Vem meu amor, a noite é uma criança. Gritou a boêmia apaixonada.
            Vera fechou a janela e desceu as escadas correndo, atravessou a sala como um relâmpago e entrou no meio da chuva se atirando nos braços de Vanessa que a levantou rodando-a no ar.
            - Você é maluca meu amor!
-     Eu sou maluca por você! Beijando-a.
Em seguida, pede para Camélia colocar um tango para tocar no aparelho de som que fora instalado ali para aquela ocasião.
            - Quer dançar comigo?
            - Eu adoraria!           
            E assim elas dançaram embaixo da chuva, por sobre a grama encharcada pela enxurrada que passava por ali. Dona Carmem e Verônica que estavam dormindo, acordaram com o barulho e foram ver o que estava acontecendo, e sem que fossem vistas, ficaram por trás das cortinas observando-as, depois voltaram para o quarto dormir.
            Após a música, caíram na piscina e depois foram até a mesa que estava posta embaixo de um Quiosque e sentaram para comer. Vanessa pegou a rosa que estava no vaso e colocou-a nos cabelos de Vera.
            - O que estamos comemorando meu amor? Eu não me lembro de nada em especial.
            - Não precisamos de datas comemorativas, todos os dias para mim são especiais, desde que eu esteja ao seu lado!
            - Desculpe-me amor, para mim também todos os dias são especiais estando com você. Obrigada por me amar assim, e por me fazer tão feliz.
            Vera pede para que lhe tragam uma toalha, pois teme que Vanessa fique doente ou pegue um resfriado, jantam, então sobem para o quarto e vão tomar banho para tão logo terminarem aquela noite se amando.

 Continua...        
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