Era
sexta-feira, chovia muito, e Vera não pode acompanhar Vanessa em uma
apresentação que seria feita na cidade vizinha, porque Verônica lhe havia
pedido para ficar e ajudá-la a resolver alguns problemas pendentes na empresa.
Naquela noite Vera esperou acordada
por Vanessa que havia combinado com a empregada para que preparasse um jantar
especial a luz de vela, sem que a empresária soubesse, e que seria servido
embaixo do quiosque perto da piscina.
Quando chegou a casa já era de
madrugada, pegou o violão e desceu do carro, dispensou os seus seguranças
particulares, caminhou embaixo da chuva que caia. Os empregados já a esperavam,
porquanto ela havia telefonado quando estava a caminho de casa pedindo para que
deixassem as coisas preparadas.
Parou embaixo da janela do seu
quarto e começou a cantar a música preferida de Vera, do alto, ela que estava
sentada em uma poltrona lendo um livro, quando ouviu a música, correu até a
janela abrindo-a, ao vê-la cantando embaixo da chuva se emocionou, não sabia se
ria ou se chorava, mandou-a sair do meio daquele temporal.
- Vem meu amor, a noite é uma
criança. Gritou a boêmia apaixonada.
Vera fechou a janela e desceu as
escadas correndo, atravessou a sala como um relâmpago e entrou no meio da chuva
se atirando nos braços de Vanessa que a levantou rodando-a no ar.
- Você é maluca meu amor!
- Eu
sou maluca por você! Beijando-a.
Em seguida,
pede para Camélia colocar um tango para tocar no aparelho de som que fora
instalado ali para aquela ocasião.
- Quer dançar comigo?
- Eu adoraria!
E assim elas dançaram embaixo da
chuva, por sobre a grama encharcada pela enxurrada que passava por ali. Dona
Carmem e Verônica que estavam dormindo, acordaram com o barulho e foram ver o
que estava acontecendo, e sem que fossem vistas, ficaram por trás das cortinas
observando-as, depois voltaram para o quarto dormir.
Após a música, caíram na piscina e
depois foram até a mesa que estava posta embaixo de um Quiosque e sentaram para
comer. Vanessa pegou a rosa que estava no vaso e colocou-a nos cabelos de Vera.
- O que estamos comemorando meu
amor? Eu não me lembro de nada em especial.
- Não precisamos de datas
comemorativas, todos os dias para mim são especiais, desde que eu esteja ao seu
lado!
- Desculpe-me amor, para mim também
todos os dias são especiais estando com você. Obrigada por me amar assim, e por
me fazer tão feliz.
Vera pede para que lhe tragam uma
toalha, pois teme que Vanessa fique doente ou pegue um resfriado, jantam, então
sobem para o quarto e vão tomar banho para tão logo terminarem aquela noite se
amando.
Continua...
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