terça-feira, 18 de julho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

            O peixe que prometia ser um banquete dos “Deuses” estava queimado como um carvão senta-se então ao redor da fogueira e começam a rir daquela situação inesperada, pois estavam sem comida.
            Vanessa aproxima-se de Vera, e diz:
            - Não se preocupe, eu vou dar um jeito nisso!
            - Como?
            - Você se esqueceu que eu sou uma feiticeira? Vamos fazer de conta que estamos no paraíso, e que uma serpente irá nos trazer uma maçã, a nossa maçã do amor. Feche os olhos e concentre-se comigo.
            Enquanto sua companheira permanece de olhos fechados, ela vai até a mochila e pega duas maçãs e coloca-as sobre um guardanapo, depois pede para que ela abra os olhos.
            - Eu não acredito! Você é demais!
            - Viu só, eu não te disse? Basta acreditar!
            - Onde conseguiu essas maçãs?
            - Foi uma serpente quem trouxe, mas já foi embora. Aponta para o outro lado do rio. Veja, lá está ela, se escondendo atrás daquelas rochas.
            - Nossa como ela é boazinha, nos trouxe as maçãs, geladas.
Aos poucos ela conseguiu se soltar e entrou de vez na brincadeira, comeram e beberam água, como se estivessem em um piquenique, Vanessa aproxima-se com cuidado, mandando-a se deitar.
            - Ouça, estão tocando a nossa música favorita. Deixe-a passar em seus ouvidos e caminhar suavemente em seu corpo até chegar a sua alma. Diz enquanto abre a blusa da sua companheira. Agora sinta o calor da minha mão que percorre o seu corpo, no compasso de uma dança.
            Suas mãos percorrem o corpo de Vera sem tocá-la, apenas a um espaço de milímetros, e ela pode sentir o calor que transbordava de sua mão que estava suada em razão daquele desejo ardente que a dominava.
            Dentro delas, cada gesto era como se fosse um convite para juntarem seus corpos para se amar, mas Vanessa preferiu ir mais longe, queria que estivessem bem relaxadas para esse momento tão especial, e fazer sua companheira acreditar no “faz de conta” que sempre se pode ser feliz, basta acreditar.

            Sussurraram algumas palavras baixinhas, até que se beijaram e rolaram no chão próximo à sombra de uma árvore e ficaram assim por algum tempo trocando carícias, até que a tarde chegou, então foi preciso voltar à sede da fazenda antes do escurecer.
Continua...


Todos os direitos reservados à Loba Solitária.
Fundação BIBLIOTECA NACIONAL
MINISTÉRIO DA CULTURA
Rua da Imprensa, nº 16/Sala 1205 – Centro
Rio de Janeiro - RJ

Escritório de direitos Autorais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário