quinta-feira, 20 de julho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

Vanessa tinha as mãos de uma fada, sabia fazer afagos como ninguém, e o dom das palavras que encantava sua presa envolvendo-a num só desejo, soltou as mãos de sua amada para que ela pudesse também participar daquele prazer intenso, disse frases bonitas que invadiam bem no fundo, transbordando toda a essência de sua alma.
            “Sinta o calor de o meu corpo juntar-se ao seu se entregando sem medo do amanhã que está por proceder. Deixe-me deleitar dos seus beijos e conhecer o cheiro do pecado esvaindo das nossas peles suadas, percorrendo por caminhos longos e ignorando pequenos destinos até que percamos a cabeça e cometemos grandes desatinos”.
            A vida pareceu mais bela, como num entardecer de um dia lindo de sol que se esconde por trás dos montes dando lugar para que a noite possa invadir o céu dos apaixonados, trazendo consigo a dama da noite que atende pelo nome de lua.
            Vera então, no momento mais esperado por ela naquela relação, gritou numa ansiedade louca, enquanto o prazer invadia o seu corpo, se deliciando com aquele amor autêntico, que jamais havia experimentado em toda a sua vida, roçou a pele de sua parceira com as pontas dos dedos sem ferir a carne, chegando enfim, a atingir o orgasmo.
            Gozaram juntas todas as felicidades que ali se fez presente e permaneceu como um momento mágico, que a empresária não queria que acabasse nunca mais, esqueceram até de que não haviam almoçado, já que estavam saciando da penúria do desejo e do amor.
            Somente quando a noite invadiu a madrugada é que elas se levantaram, tomaram um banho e foram à cozinha procurar alguma coisa para comer. Depois, voltaram para o quarto, Vera colocou a cabeça sobre o corpo de Vanessa que acariciava seus cabelos o tempo todo e adormeceram assim unidas.


 Continua...
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