sábado, 22 de julho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

O sol já estava no meio do céu, quando as duas acordaram, estavam um pouco envergonhadas uma da outra, mesmo assim foram tomar banho juntas, depois seguiram até a cozinha para tomar o café da manhã.
            Georgina que estava preparando o almoço parou para servi-las, tomaram o café em silêncio, quase não se olharam, Arlindo, o caseiro, entrou na cozinha para oferecer os seus serviços.
- Me desculpe incomodá-la dona Vera, mas a senhora quer que eu mande selar os cavalos?
            Ela então olha para Vanessa e pergunta.
            - Você quer cavalgar?
            - Você é quem sabe. Respondeu desviando o olhar.
            - Pode mandar Arlindo, obrigada.
            Após o café, são avisadas de que os cavalos estavam prontos, a fazendeira pede para que Georgina lhe traga dois chapéus, depois saem.
            Vera montava muito bem, Vanessa sabia, porém, não tinha muita intimidade com o animal, percorreu a fazenda galopando, quando passavam próximas ao lago, elas pararam e se olharam nos olhos sem nada dizer, pareciam que estavam se comunicando pelo olhar, então dispararam rumo ao paraíso, onde tudo havia começado.
            Desceram dos animais e seguiram até perto da cachoeira, Vanessa subiu as pedras e estendeu a mão para sua doce amada, ajudando-a a tornar mais leve sua subida, entraram no meio da queda d’água que caia como uma ducha cristalina, refletindo os raios coloridos do sol.
            Abraçaram-se com fervor, sem nada dizer, deixaram apenas o barulho da cascata como música de fundo e o barulho dos pássaros a gorjear. Ficaram assim por algum tempo, depois foram sentar-se sobre as pedras.
            - Não quero que pense que eu estou querendo me aproveitar de você, falou Vanessa cabisbaixa. Eu sei que você acabou de sair de uma relação e está frágil.

            - Você foi como um presente que caiu do céu, na hora certa, e que me fez enxergar que eu nunca amei Luciene de verdade, que eu estava iludida. Diz acariciando suas lindas e longas madeixas. Eu quero você só para mim. Abraçando-a em seguida. Estou apaixonada por você! Acho que desde o primeiro momento em que a vi entrando em minha sala daquela maneira, tão decidida, sem medo de enfrentar as pessoas, tão forte, agressiva e “briguenta”! Sorriu.
Continua...
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