- Acho que eu sempre gostei de você durante todos esses anos em
que trabalhei na fábrica, conta sorrindo. Eu não suportava você, achava-a muito
autoritária, dona do mundo, não pronunciava o seu nome, eu a chamava de “A Dona
da Empresa”, quando no fundo, eu acho que você já era a dona do meu coração.
- Veja como são as coisas, você
trabalhou na empresa quase dois anos e eu nunca a notei, estávamos tão perto
uma da outra, e não sabíamos.
Vanessa se ajeita, sentando-se por
trás de Vera abraçando-a, ficam ali conversando e admirando aquele paraíso, que
elas com certeza o tornariam como refúgio particular.
- Do que você gosta? Perguntou
Vanessa tentando saber mais a seu respeito.
- Eu gosto de pessoas românticas,
assim como você, que me digam coisas bonitas no ouvido, me tomem no colo e me
faça ninar. Ah, suspirou fundo. Como é bom ser amada! Gosto de surpresas
agradáveis, coisas que mexem fundo os meus sentimentos.
- Deixe-me fazer de você a mulher
mais feliz desse mundo?
- Eu deixo meu bem, mas terá que me
prometer que jamais irá me trair. Eu não gostaria de ser enganada novamente.
- Por favor, me desculpe, mas, não
me compare a essas vadias que passaram pela sua vida. Eu sou diferente, também
não quero ser traída, apenas confie em mim assim como eu vou confiar em você.
- Eu confio em você, vejo
sinceridade em seus olhos.
- Assim fica bem melhor. Eu juro a
você, que irei protegê-la com a minha própria vida se preciso for, jamais eu
vou permitir que alguém fira você ou te magoe... dou a minha palavra, pode
escrever que eu assino em baixo.
- Meu anjo,
eu fico te olhando e me perguntando, quem é você que chegou em minha vida enchendo
o meu coração de felicidade? Sabe, é a primeira vez que eu estou sentindo essa
sensação tão gostosa, eu pensei que já tinha sido feliz um dia, mas agora ao
seu lado eu percebo o quão eu estava enganada.
- Eu sou a felicidade!
- Você é
tudo isso e muito mais, é um amor! Adoro você!
Voltaram para casa para almoçar,
caminharam um pouco, logo chega o motorista e o segurança que ela havia dispensado
no sábado, para buscá-las e levá-las à cidade.
Despediram-se na casa de Vanessa com
um beijo demorado, e sem querer deixá-la, Vera foi embora levando consigo os
doces momentos que ficaram gravados em sua memória, pois estava tão feliz, que,
conseguiu “fazer de conta” que estava beijando seu grande amor, sentindo até o
perfume de sua pele que ainda infestava a sua. Só então que conseguiu entender
o que ela vivia dizendo em “fazer de conta” e acreditar. E sorriu abobada.
Continua...
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