quarta-feira, 14 de junho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

Vanessa se levanta, caminha pela sala passando as mãos na cabeça, como se estivesse procurando arrancar alguma decisão de seu cérebro. Suspirou fundo, pensou, pensou e não chegou a nenhuma decisão. Quando resolveu falar, o telefone toca e ela pede licença para atender.
            Enquanto falava ao telefone, as duas mulheres ficaram em silêncio ouvindo toda a conversa. Vanessa conversava com um cliente que procurava saber se ela havia terminado um trabalho que tinha encomendado.
            - Está quase pronto, respondeu ao cliente, assim que eu o terminar levarei até o senhor, obrigada.
Ao desligar o telefone, Sueli e Vera se levantam para ir embora.
            - Gostaria que pensasse primeiro antes de responder. Prometa que irá pensar? Quis saber Vera enquanto pega em sua mão para se despedir.
            - Está bem, eu prometo!
            - Amanhã nós voltaremos para saber a sua resposta. Falou Sueli quando deixou a casa junto com sua patroa.
Naquela noite, Vanessa não conseguiu se concentrar nos ensaios com sua banda pediu desculpas, e mandou-os continuarem sozinhos, depois foi para casa descansar.
            Estava incomodada com alguma coisa que não sabia o que era, rolou várias vezes na cama, não conseguia dormir. Sentiu uma aflição dentro do peito, uma saudade de alguma coisa que não chegava à sua lembrança.
            Levantou e foi até a cozinha beber água, estava com muita sede. Pensou na visita que Vera havia lhe feito, e não estava acreditando que sua antiga patroa tinha lhe procurado somente para lhe oferecer o seu emprego de volta.
            Ela que sempre achou Vera uma mulher muito distante dos seus funcionários, e que não se misturava aos mesmos, estranhou aquela visita repentina.
            Pensou em agarrar aquela oportunidade única, pois não sabia se a sorte bateria outra vez em sua porta. Mas pensou em Roberto, como seria trabalhar novamente ao seu lado depois de tê-lo agredido fisicamente, não pretendia inclinar-se a ele.
            Era realmente uma situação muito difícil de resolver, mas também, ela precisava do emprego, teria que deixar o orgulho de lado e ser humilde, afinal, a humildade era tudo o que seus pais tentaram pregar a ela quando eram vivos.

Voltou a se deitar, estava transpirando, nervosa sem motivos, talvez por emoção de que alguém reconhecera que ela trabalhe bem, estava se sentindo valorizada, e ao mesmo tempo com medo, e já era de madrugada quando conseguiu dormir.

Continua...
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