quinta-feira, 15 de junho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

SURGINDO NOVOS RUMOS.


            Vera acordou cedo aquela manhã, tomou um banho e pediu para que seu motorista passasse na casa de Vanessa, estava ansiosa para saber sua resposta, sem perceber o tamanho do seu estado emotivo, pois também não dormiu direito a noite, estava preocupada com ela, não conseguia entender o motivo daquela preocupação, afinal, ela era apenas uma ex-funcionária, mas que, no entanto, não a tirava do pensamento.
            Talvez a forma pela qual elas se conhecessem, fosse uma razão muito forte e marcante, Vanessa demonstrou muita segurança e determinação, era uma mulher que sabia o que realmente queria da vida, e lutava pelos seus direitos. Provou, contudo que não tinha medo de enfrentar qualquer obstáculo que a vida lhe impor.
            Já na casa de Vanessa, ela entra a moça a convida para tomar café, Vera fica em dúvida se aceitava ou não, mas acaba indo até a cozinha com ela para acompanhá-la, mesmo já tendo tomado seu café da manhã.
            A mesa não era farta como em sua casa, mas havia café com torradas, suco de laranja e um prato com mamões fatiados, sua fruta preferida.
            Vera se serviu, sentiu-se à vontade diante daquela simplicidade que fazia daquele lugar um mundo diferente do seu, que era cercado por empregados que a serviam todos os momentos, uma mesa em abundância que nem mesmo ela conseguia dar conta de comer todas aquelas frutas que acabavam sendo jogadas fora.
            - Então, o que você resolveu? Quis saber ansiosa.
            - Eu não sei dona Vera, depois de tudo o que aconteceu entre eu e o Roberto, não sei se terá clima no ambiente de trabalho.
            Vera ficou triste, mas não demonstrou, tentou convencê-la a mudar de idéia, precisava levá-la para junto de si, não sabia ao certo qual o motivo que a fazia agir daquela maneira, mas logo mudou de assunto.
            - Você já tem outro serviço em vista? Quis saber.
            - Ainda não, por enquanto eu estou trabalhando aqui em casa mesmo.
            - É? E o que você está fazendo?
            - Eu faço alguns trabalhos para empresas, dou aulas de computação nos finais de semana, e assim vou tentar sobreviver até conseguir um emprego fixo.
            - Você entende bem de computação?
            - Bem, eu me viro!
            - Posso ver alguns dos trabalhos que você já fez as empresas?
            - Claro, vamos até o meu mini estúdio.

            As duas vão até a outra sala, Vera fica impressionada com o lugar, o quarto era um pouco apertado, mas muito aconchegante, os computadores estavam ligados, em cima da prancheta, haviam alguns desenhos rabiscados, Vanessa mostrou a ela seu último trabalho, era o layout de uma empresa que estava para lançar um novo produto no mercado, ela ficou encantada com o que viu, foi quando teve uma ideia.

Continua...
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