quinta-feira, 29 de junho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.

Depois do almoço, Vera chamou-a para ir até seu carro, pois tinha uma coisa para dar a ela.
            Pediu que Vanessa fechasse os olhos, e retirou do porta malas, um violão embrulhado numa fita vermelha com um laço.
            - Pode abrir agora. Entregando a ela.
            - Eu não acredito, disse feliz. Um violão!
            - Eu gostaria que você cantasse só para mim.
            Ela pega o violão retira a fita, e verifica se o mesmo está afinado.
            A sede da fazenda era bem arquitetada, tinha piscina, churrasqueira, bar, e um enorme salão com mesa de bilhar, sofá, e televisão, várias mesas e cadeiras para quando houvesse churrasco, as pessoas pudessem se acomodar melhor.
            Elas sentaram-se no bar que ficava sob um quiosk, e um pouco sem jeito, Vanessa começou a arranhar as cordas do violão.
            - Acho que eu não vou conseguir!
            - Por favor, cante, eu quero ouvi-la.
            - Está bem. Que tipo de música você gosta de ouvir?
            - Sendo romântica, qualquer uma.
            Vanessa começa a tocar e solta a voz, Vera arrepia-se toda, e até se emociona ao vê-la cantando a música que por coincidência, era a sua preferida.
            Apesar de não entender nada em inglês, ela adorava cantar esse estilo de músicas, dominava um pouco o espanhol, pois adorava esse idioma, onde incluía algumas canções desse gênero.
            Quando escureceu, entraram na casa e foram tomar banho, enquanto Georgina, a empregada preparava o jantar.
            Em seu quarto, enquanto se arrumava Vera não conseguia parar de pensar em Vanessa, estava certa de que estava apaixonada por ela, mas não queria saber de se envolver novamente, tinha medo de sofrer outra vez.

Na hora do jantar, elas ficaram em silêncio, Vanessa que sempre procurou preencher as ausências das palavras, estava sem ação, não sabia o que dizer. Sentia o coração diferente, estava ansiosa, suas mãos suavam frio. Vera por sua vez, também sentia a mesma coisa, sentiu vontade de dizer a ela o que estava se passando dentro do seu coração, mas não teve coragem, achava que poderia ser interpretada mal, então sufocou esse sentimento, já que havia prometido para si mesma que não iria mais querer ninguém em sua vida.
Continua...
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