Depois do
almoço, Vera chamou-a para ir até seu carro, pois tinha uma coisa para dar a
ela.
Pediu que Vanessa fechasse os olhos,
e retirou do porta malas, um violão embrulhado numa fita vermelha com um laço.
- Pode abrir agora. Entregando a
ela.
- Eu não acredito, disse feliz. Um
violão!
- Eu gostaria que você cantasse só
para mim.
Ela pega o violão retira a fita, e
verifica se o mesmo está afinado.
A sede da fazenda era bem
arquitetada, tinha piscina, churrasqueira, bar, e um enorme salão com mesa de
bilhar, sofá, e televisão, várias mesas e cadeiras para quando houvesse
churrasco, as pessoas pudessem se acomodar melhor.
Elas sentaram-se no bar que ficava
sob um quiosk, e um pouco sem jeito, Vanessa começou a arranhar as cordas do
violão.
- Acho que eu não vou conseguir!
- Por favor, cante, eu quero
ouvi-la.
- Está bem. Que tipo de música você
gosta de ouvir?
- Sendo romântica, qualquer uma.
Vanessa começa a tocar e solta a
voz, Vera arrepia-se toda, e até se emociona ao vê-la cantando a música que por
coincidência, era a sua preferida.
Apesar de não entender nada em
inglês, ela adorava cantar esse estilo de músicas, dominava um pouco o espanhol,
pois adorava esse idioma, onde incluía algumas canções desse gênero.
Quando escureceu, entraram na casa e
foram tomar banho, enquanto Georgina, a empregada preparava o jantar.
Em seu quarto, enquanto se arrumava
Vera não conseguia parar de pensar em Vanessa, estava certa de que estava
apaixonada por ela, mas não queria saber de se envolver novamente, tinha medo
de sofrer outra vez.
Na hora do
jantar, elas ficaram em silêncio, Vanessa que sempre procurou preencher as
ausências das palavras, estava sem ação, não sabia o que dizer. Sentia o
coração diferente, estava ansiosa, suas mãos suavam frio. Vera por sua vez,
também sentia a mesma coisa, sentiu vontade de dizer a ela o que estava se
passando dentro do seu coração, mas não teve coragem, achava que poderia ser
interpretada mal, então sufocou esse sentimento, já que havia prometido para si
mesma que não iria mais querer ninguém em sua vida.
Continua...
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