Felicidade tem prazo de validade.
DOIS MESES
DEPOIS.
O
escritório da empresa estava muito agitado naquele dia, como era final de
semana, precisavam terminar alguns serviços para não deixarem acumulados na
segunda-feira.
Vera tinha três reuniões importantes
para participar junto aos fornecedores, e um jantar de negócio com um
empresário que estava interessado em assinar contrato com a sua empresa. Mesmo
já tendo passado dois meses, ela não conseguia tirar Luciene do seu pensamento,
foi preciso Sueli intervir nas negociações, porquanto a empresária não estava
com cabeça para resolver qualquer coisa naquele dia, tanto que, deixou tudo por
conta da amiga que segurou as pontas, e foi para casa.
Durante o trajeto da empresa até sua
casa, ela pensou muito em sua vida, nos bons momentos que teve com sua
namorada, que por sinal, foram raros, pois, Luciene sempre arrumava uma
desculpa para se livrar dela.
Estava
difícil esquecê-la, chorava quase todas as noites em busca de uma razão para
seguir sua vida normal, sentia-se invadida pela ansiedade que estava prestes a
lhe tirar o chão e a vontade de viver.
Seus olhos já estavam vermelhos,
afogando-se em lágrimas, desviou o olhar para os transeuntes que passavam nas
ruas, enquanto esperava o sinal verde abrir, queria arrancar de dentro do peito
toda a dor que estava sentindo naquele momento, prometeu a si mesma nunca mais
se envolveria com alguém, pediu a Deus, forças para superar mais aquela fase
difícil em que estava vivendo. Queria fechar o seu coração, trancá-lo a sete
chaves para que nunca mais alguém pudesse entrar dentro dele.
Estava sem chão,
acreditava que nunca mais superaria aquela traição, então chorou ao pensar em
seu ex-amor, desesperou só em saber que ela estaria em outros braços, o mesmo
abraço que fora seu, pertencia também a outro homem, os mesmos beijos, os
carinhos e a atenção, nada daquilo agora lhe faziam parte.
Ao chegar a casa, arrumou algumas
coisas na mala, tomou um banho e pediu para o motorista tirar novamente o carro
da garagem e levá-la para sua fazenda, queria ficar sozinha, fazer um balanço
em sua vida para tentar entender onde fora que errou. Então partiu sem olhar
para trás.
Continua...
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