sábado, 3 de junho de 2017

Felicidade tem prazo de validade.


DOIS MESES DEPOIS.



O escritório da empresa estava muito agitado naquele dia, como era final de semana, precisavam terminar alguns serviços para não deixarem acumulados na segunda-feira.
            Vera tinha três reuniões importantes para participar junto aos fornecedores, e um jantar de negócio com um empresário que estava interessado em assinar contrato com a sua empresa. Mesmo já tendo passado dois meses, ela não conseguia tirar Luciene do seu pensamento, foi preciso Sueli intervir nas negociações, porquanto a empresária não estava com cabeça para resolver qualquer coisa naquele dia, tanto que, deixou tudo por conta da amiga que segurou as pontas, e foi para casa.
            Durante o trajeto da empresa até sua casa, ela pensou muito em sua vida, nos bons momentos que teve com sua namorada, que por sinal, foram raros, pois, Luciene sempre arrumava uma desculpa para se livrar dela.
Estava difícil esquecê-la, chorava quase todas as noites em busca de uma razão para seguir sua vida normal, sentia-se invadida pela ansiedade que estava prestes a lhe tirar o chão e a vontade de viver.
            Seus olhos já estavam vermelhos, afogando-se em lágrimas, desviou o olhar para os transeuntes que passavam nas ruas, enquanto esperava o sinal verde abrir, queria arrancar de dentro do peito toda a dor que estava sentindo naquele momento, prometeu a si mesma nunca mais se envolveria com alguém, pediu a Deus, forças para superar mais aquela fase difícil em que estava vivendo. Queria fechar o seu coração, trancá-lo a sete chaves para que nunca mais alguém pudesse entrar dentro dele.
            Estava sem chão, acreditava que nunca mais superaria aquela traição, então chorou ao pensar em seu ex-amor, desesperou só em saber que ela estaria em outros braços, o mesmo abraço que fora seu, pertencia também a outro homem, os mesmos beijos, os carinhos e a atenção, nada daquilo agora lhe faziam parte.

            Ao chegar a casa, arrumou algumas coisas na mala, tomou um banho e pediu para o motorista tirar novamente o carro da garagem e levá-la para sua fazenda, queria ficar sozinha, fazer um balanço em sua vida para tentar entender onde fora que errou. Então partiu sem olhar para trás.


Continua...

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